A Ressurreição de Cristo
Por Marcio S. da Rocha.
A ressurreição de Jesus é uma doutrina fundamental do Cristianismo por várias razões. Acerca da importância da ressurreição de Jesus para o Cristianismo, Houdmann et al[1] afirmam (tradução nossa):
“Primeiro, ela testemunha o imenso poder do próprio Deus. Em ressuscitar Jesus da sepultura, Deus nos lembra de sua soberania absoluta sobre a vida e a morte. Em segundo lugar, a ressurreição de Jesus é um testemunho da ressurreição do ser humano. Ao contrário de todas as outras religiões, o Cristianismo só possui um fundador que transcende a morte e que promete que seus seguidores farão o mesmo. A sepultura não poderia segurá-lo. Ele vive, e senta-se hoje à destra de Deus Pai no céu”.
Em 1 Coríntios 15 Paulo explica em detalhes a importância da Ressurreição de Cristo. Neste capítulo, o apóstolo enumera seis consequências desastrosas que ocorreriam, caso não houvesse nenhuma ressurreição:
- Pregar a Cristo seria sem sentido (v. 14);
- A fé em Cristo seria vã (v. 14);
- Todas as testemunhas e os pregadores da ressurreição seriam mentirosos (v. 15);
- Ninguém iria ser redimido do pecado (v. 17);
- Todos os crentes antigos teriam desaparecido (perecido); e
- Os cristãos seriam as mais lastimáveis pessoas da terra (v. 19).
O Novo Testamento afirma a ressurreição de Jesus. Antes de Jesus morrer, ele tinha previsto que iria ressuscitar dos mortos. Ele desafiou os seus inimigos: “Destruam este templo, e eu o levantarei em três dias.” Ele estava falando sobre seu próprio corpo (João 2.19-22). Jesus também disse a seus primeiros discípulos muitas vezes que ele seria morto pelos líderes em Jerusalém, mas voltaria à vida no terceiro dia. Os líderes religiosos que mataram Jesus estavam conscientes dessa previsão que ele iria ressuscitar dos mortos. Embora eles não acreditassem nisso, eles quiseram assegurar que isso não iria acontecer; então eles definiram um guarda em torno do túmulo. Em Mateus 27.62-66 está escrito:
“No dia seguinte, isto é, no sábado, os chefes dos sacerdotes e os fariseus dirigiram-se a Pilatos e disseram: “Senhor, lembramos que, enquanto ainda estava vivo, aquele impostor disse: ‘Depois de três dias ressuscitarei’ Ordena, pois, que o sepulcro dele seja guardado até o terceiro dia, para que não venham seus discípulos e, roubando o corpo, digam ao povo que ele ressuscitou dentre os mortos. Este último engano será pior do que o primeiro”. 65 “Levem um destacamento”, respondeu Pilatos. “Podem ir, e mantenham o sepulcro em segurança como acharem melhor”. Eles foram e armaram um esquema de segurança no sepulcro; e além de deixarem um destacamento montando guarda, lacraram a pedra”. (BÍBLIA. N.T. Mateus 27.62-66. Português. NVI. São Paulo: Vida, 2003).
A ressurreição de Jesus Cristo foi única na história da humanidade até hoje. Não foi apenas ressuscitação, como foi o caso de Lázaro, que mais tarde morreu novamente. No terceiro dia a partir de sua morte, Jesus ressuscitou com um corpo transformado, revestido de imortalidade e glória. Seu novo corpo glorificado podia aparecer e desaparecer, passar por objetos materiais e subir e descer dos céus.
Grudem (1999, p. 509) afirma sobre a natureza da ressurreição de Cristo:
“A ressurreição de Cristo não foi simplesmente um retorno da morte, à semelhança daquela experimentada por outros antes dele, como Lázaro (João 11.1-44), porque senão Jesus teria se submetido à fraqueza e ao envelhecimento e, por fim teria morrido outra vez, exatamente como todos os outros seres humanos morrem. Em vez disso, quando ressurgiu dos mortos, Jesus tornou-se “as primícias” (1 Cor. 15.20-23) de um novo tipo de vida humana, uma vida na qual este corpo foi aperfeiçoado, não estando mais sujeito à fraqueza, envelhecimento ou morte, mas capaz de viver eternamente”.
Paulo, o apóstolo, afirma:
“Pois o que primeiramente lhes transmiti foi o que recebi: que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, foi sepultado e ressuscitou no terceiro dia, segundo as Escrituras, e apareceu a Pedro e depois aos Doze. Depois disso apareceu a mais de quinhentos irmãos de uma só vez, a maioria dos quais ainda vive, embora alguns já tenham adormecido. Depois apareceu a Tiago e, então, a todos os apóstolos; depois destes apareceu também a mim, como a um que nasceu fora de tempo”. (BÍBLIA. N.T. 1 Coríntios 15.3-8. Português. NVI. São Paulo: Vida, 2003).
Além disso, Lucas escreveu em sua introdução do livro de Atos, “depois de seu sofrimento, ele mostrou-se a esses homens e deu muitas provas convincentes de que ele estava vivo. Ele apareceu a eles ao longo de um período de quarenta dias e falou sobre o Reino de Deus”. (Atos 1.3).
Jesus ressuscitou da morte. Esta é uma crença fundamental da Fé Cristã.
[1] Houdmann, Michael S, et al. Why is the resurrection of Jesus Christ important? (Por que a ressurreição de Cristo é importante?). Disponível em http://www.gotquestions.org/resurrection-Christ-important.html. Acessado em abril, 2013.
Muito bem colocado, o conteúdo! PARABÉNS!
Uma pergunta:
Vocês membros da igreja orgânica creem em Jesus Cristo como filho de Deus?
Que a Paz que excede todo entendimento pemaneça em vós.
Att,
Paulo.
Olá Paulo,
Obrigado pelos parabéns. Gostaria de lhe esclarecer que não existe uma instituição formalizada, chamada de igreja orgânica. Uma igreja orgânica é todo e qualquer grupo de cristãos que se reúnem frequentemente (principalmente nos lares) para edificarem uns aos outros e louvarem juntos ao Senhor, e que não possui cargos nem hierarquias. Até hoje, todos os irmãos que se reúnem nos lares que eu conheço creem que Jesus é o Cristo, o filho do Deus vivo e verdadeiro.
Graça e paz para você também.